Estudantes de jornalismo vencem Prêmio Braskem de Saúde e Segurança no Trabalho

Graduandos fizeram reportagem sobre estado de saúde mental dos rodoviários que sofrem com assaltos

27/04/2017 14h30 - Atualizado em 27/04/2017 às 16h06
Da esquerda pra direita: Micaelle Morais, Graziela França e Lucas Thaynan. Foto - Jangada Filmes

Da esquerda pra direita: Micaelle Morais, Graziela França e Lucas Thaynan. Foto - Jangada Filmes

Thâmara Gonzaga - jornalista

Uma reportagem com dados exclusivos sobre assaltos a coletivos em Maceió, aliados a relatos de problemas psicológicos enfrentados pelos rodoviários, garantiu aos graduandos do curso de jornalismo da Ufal, Graziela França, Lucas Thaynan e Micaelle Morais, o Prêmio Braskem de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) 2017, na categoria Estudante.

O prêmio é promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Alagoas e Braskem. A cerimônia para conhecer os vencedores foi realizada no último sábado (22). O título da matéria premiada é Fim da linha: assaltos a ônibus afetam saúde mental de rodoviários em Maceió e pode ser lida na Agência Tatu de Jornalismo de Dados, criada pelos estudantes vencedores do prêmio.

Ao explicar a escolha do tema para a produção jornalística, Lucas Thaynan afirma que se deu por conta da realidade “já comum” dos assaltos a ônibus na capital alagoana. “Isso não afeta apenas os passageiros que são roubados e o caixa do coletivo. É uma situação que deixa sequelas nos cobradores e motoristas que estão diariamente expostos a este tipo de violência”, argumenta. “Conseguimos alguns dados exclusivos sobre assaltos a coletivos, com horários e locais dos roubos, e fizemos uma relação desses casos com os relatos de problemas psicológicos que muitos dos rodoviários enfrentam no trabalho”, esclarece.

Para os estudantes, além do prêmio, houve também conquista de experiência profissional. Segundo Graziela França, a elaboração da matéria foi encarada, desde o início, como um “trabalho jornalístico de fato”. “Pensamos e elaboramos a pauta. Como se trata de Jornalismo de Dados, corremos atrás dessas informações pela Lei de Acesso à Informação, depois extraímos, estruturamos, analisamos e vimos a melhor forma de apresentar por meio dos infográficos”, explica. “Depois, foi a parte do ‘jornalismo tradicional’, que é entrevistar fontes, conversar com especialistas e montar toda a matéria. Foi uma experiência muito interessante e que pretendemos continuar utilizando nas nossas próximas matérias da Agência Tatu”, declara.

Graziela, graduanda do 7º período do curso de Jornalismo da Ufal, já vivencia a prática jornalística em matérias que produz, desde novembro de 2015, como colaboradora da área no Museu de História Natural. Os textos da estudante são frequentemente publicados no portal de notícias da Ufal.

Já Micaelle Morais reforça a importância do prêmio para a vida profissional dela e dos colegas. “As premiações são muito importantes para os estudantes mostrarem sua capacidade e ganharem destaque entre os profissionais”, ressalta. “Com o resultado do prêmio, ganhamos visibilidade e uma conquista de peso para nossos currículos, sem contar o fato de poder divulgar nossa agência para boa parte da mídia alagoana que estava presente durante o evento”, afirma.

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