Concluintes das áreas de Saúde, Agrária e Social fazem prova do Enade no dia 20 de novembro

Questionário do Estudante também deve ser respondido até domingo.

16/11/2016 16h06 - Atualizado em 16/11/2016 às 16h08

Thâmara Gonzaga  – jornalista

Os estudantes de graduação têm um papel fundamental durante os processos avaliativos do ensino superior. Isso por que, além de avaliar a qualificação dos docentes e verificar infraestrutura dos cursos, os órgãos vinculados ao Ministério da Educação (MEC) acompanham a aprendizagem dos graduandos de acordo com as diretrizes curriculares da graduação.

Na Universidade Federal de Alagoas, entre tantos outros exemplos recentes, um caso de sucesso da união entre instituição, docentes e alunos é o do curso de Ciências da Computação do Campus A. C. Simões. Em 2015, o curso obteve o conceito 5 em avaliação do MEC. O percentual de 95% de seus docentes com dedicação exclusiva, o desempenho dos discentes e a infraestrutura em expansão foram fatores que colaboraram para que o curso ofertado pela Ufal conquistasse o conceito máximo e se tornasse um dos melhores avaliados no país.

Outro exemplo positivo é o do curso de Nutrição. “Após receber conceito 2 no ano de 2010, toda a comunidade acadêmica da Fanut se envolveu no processo de avaliação, identificando os problemas e planejando ações para melhorar a qualidade do curso. Em 2013, no ciclo avaliativo seguinte, a graduação em Nutrição da Ufal conquistou o conceito 5”, destaca o procurador Educacional Institucional, professor Tiago Cruz-Zurck.

Nesses exemplos, a infraestrutura, a integração da comunidade acadêmica para produção de conhecimento e a adesão dos discentes ao Enade foram fatores importantes para alcançar o resultado.

O estudante do 8º período do curso de Ciências da Computação, Jhonatas Lima, confirma essa parceria. Ele fez a última prova do Exame e defendeu a participação dos alunos. “Acredito que os estudantes se negam ou fazem a prova sem compromisso com o intuito de protestar por alguma deficiência encontrada durante o curso. Não acho que o Enade seja o meio adequado para tal protesto”, afirma. “Deve-se fazer [a prova] com seriedade, para mostrar a verdadeira realidade do curso e fazer com que seja avaliado de maneira justa”, defende.

Sobre a prova, Jhonathas reconhece que o nível não é tão fácil. “As questões são com níveis diferenciados: umas simples, respondidas mais facilmente; outras bastante complexas, onde é necessário um pouco mais de tempo e precisam ser bem analisadas antes de serem respondidas”, diz. “Porém, devido a muito do que foi visto em sala de aula durante a graduação, tínhamos subsídio suficiente para responder as questões”, completou.

Em relação à participação dos estudantes no conceito conquistado pelo curso de Ciência da Computação, ele opina que “todos que fizeram a prova devem ter se empenhado ao máximo”. “Com isso obtivemos esse bom resultado e reflete que temos no Instituto um corpo docente de alta qualidade que nos possibilitou, através das aulas, alcançar essa boa avaliação”, reconhece.

Enade 2016

Em 2016, estudantes concluintes de Educação Física Bacharelado, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Agronomia, Zootecnia e Medicina Veterinária podem colaborar para elevar o conceito de seus respectivos cursos participando do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). A prova será no dia 20 de novembro, às 13h (horário de Brasília).

Até o dia 20, o aluno também deve responder o questionário do estudante. O local da prova só será liberado após o registro das respostas. “O questionário é um importante instrumento pelo qual os cursos e a Ufal podem agir para melhor avaliar e planejar ações para qualidade das graduações. Por isso, é importante que as questões sejam respondidas de forma fidedigna”, ressalta o procurador Educacional Institucional da Universidade, Tiago Cruz-Zurck. “Contamos com a colaboração dos discentes. No último ciclo avaliativo, a maioria dos cursos acima citados obteve conceito satisfatório, mas sempre podemos melhorar”, afirma.

Ele explica que a participação dos concluintes na avaliação dos cursos se dá em três dimensões. “A pedagógica, a qual avalia o que se aprende e se os conhecimentos atendem às diretrizes preconizadas na legislação; a docente, cujo objetivo é verificar como os professores contribuem no processo da formação do profissional da área; e a infraestrutura, locais onde os alunos desenvolvem os processos de ensino-aprendizagem”, esclarece.

Segundo o procurador, um dos principais gargalos na universidade é a infraestrutura. “Por outro lado, temos o quadro docente com a melhor qualificação, pesquisadores de renome nacional e internacional, um corpo discente empenhado e ótimos projetos pedagógicos”, ressalta. “Fatores que possibilitam a formação de profissionais qualificados para o mundo do trabalho e fazem com que a Ufal oferte os cursos superiores mais bem avaliados no Estado”, ressalta.

Tiago Cruz-Zurck alerta aos estudantes que o Exame é um componente curricular obrigatório, assim como o Trabalho de Conclusão de Curso, e todos devem cumprir. Ele lembra que para colar grau na universidade, o aluno deve estar com status regular no Enade.  “Queremos trazer para o centro do debate e do planejamento os resultados da avaliação não como um instrumento de ranqueamento dos cursos, mas como um processo que permitirá identificar o que temos de melhor e o que precisaremos melhorar”, enfatiza.

Os estudantes podem acompanhar as informações sobre o Exame nos murais do respectivo curso ou no site do Inep (http://portal.inep.gov.br/).

Para ver a relação dos alunos convocados/inscritos acessar: http://www.ufal.edu.br/pei/enade/2016/alunos-convocados-para-o-enade-2016-1