Estudante da Ufal participa de intercâmbio na Austrália

Lidiane Rego foi a terceira estudante de Ciências Biológicas a participar do programa Ciência sem Fronteiras

26/01/2015 16h58 - Atualizado em 28/01/2015 às 00h36
Lidiane Rego durante apresentação oral

Lidiane Rego durante apresentação oral

Keila Oliveira – estudante de Jornalismo

A estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Lidiane Rego, nunca imaginou que seu sonho de intercâmbio estava tão próximo de acontecer. Após uma amiga lhe falar que as inscrições para o programa Ciência sem Fronteiras estavam abertas, Lidiane, assim como tantos alunos da Ufal, fez sua inscrição, mas não acreditava que seria uma das selecionadas.

“Inicialmente me inscrevi no mês de janeiro de 2013 para fazer intercâmbio em Portugal, mas a Capes enviou um e-mail informando que eu deveria me inscrever para outro país, dentre as opções estava a Austrália. Como eu já tinha um desejo de fazer intercâmbio num país de língua inglesa, optei pela Austrália por ter um clima um pouco parecido com o do Brasil, além de saber que os australianos são bem simpáticos com estrangeiros”, comentou.

Em maio do mesmo ano, Lidiane recebeu o e-mail da carta de aceite da Universidade Macquarie, em Sidney, e, em julho, embarcou para o país escolhido. “Antes mesmo de receber a carta de aceite da Universidade tive que providenciar passaporte, visto, fazer exames e traduzir para o inglês alguns documentos mesmo sem saber se seria selecionada ou não. E quase tive um ataque cardíaco, pois meu visto só saiu uma semana antes da minha viagem”, explicou.

Assim que chegou na Austrália, a estudante iniciou o curso de inglês, que durou aproximadamente um ano. Após o curso, a aluna começou as aulas referentes ao semestre da sua graduação, além de participar de algumas atividades na Universidade como o projeto de pesquisa da Macquarie intitulado Neve é mais do que água congelada - ecologia microbiana de neve em ambientes alpinos, orientado pela professora Tina Wunderlin, no qual ficou durante quatro meses. Também fez parte do Programa de Liderança Global por três meses, curso ofertado aos alunos estrangeiros que estudam na instituição.

“Foi uma experiência incrível e muito enriquecedora participar do curso de inglês, do projeto de pesquisa e do programa de liderança da universidade, pois além de adquirir conhecimento, pude ter contato com diversas culturas como a indiana, chinesa, colombiana, italiana, entre outras. A Austrália é um país multicultural, eles são muito parecidos com os brasileiros e isso é uma das coisas que faz dela um país tão maravilhoso”, pontuou Lidiane.

Desafios, superação e projetos futuros

O maior desafio para Lidiane foi o de aprender a Língua Inglesa. De acordo com a estudante, o contato com o inglês foi durante suas aulas no ensino médio. Fora isso, a aluna tinha feito o curso básico ofertado pela Faculdade de Letras (Fale) da Ufal. “Assim que cheguei à Austrália fiquei numa casa de família que aluga quarto para estudantes estrangeiros, eles sempre conversavam comigo em inglês e isso pra mim foi uma experiência muito boa porque acelerou meu aprendizado no idioma”, ressaltou.

A cada fase superada, durante o curso de inglês, Lidiane percebeu o quanto era capaz. Isso também ocorreu nas aulas da graduação, onde seu ritmo de estudo aumentou significativamente, pois, segundo ela, o sistema de estudo é diferente do existente no Brasil, onde é priorizado bastante o estudo individual. Após terminar a graduação, o desejo de Lidiane é voltar para a Austrália e fazer pós-graduação na área de microbiologia. “Como trabalhei no projeto de pesquisa na área de microbiologia durante quatro meses e me interessei bastante, está nos meus projetos voltar a Sidney e fazer mestrado ou doutorado nessa área”, finalizou.